Oxigênio hospitalar: como ele chega até o paciente?

A pandemia desnudou o papel central do oxigênio para diferentes cadeias produtivas e se tornou essencial na luta contra o vírus que nos impôs a maior crise sanitária já vista.

Mas, como é produzido o oxigênio hospitalar?

Primeiro, é importante saber que o ar que respiramos não é composto por oxigênio puro. Ele é composto por 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de argônio e outros gases.

O ar captado da atmosfera é filtrado, comprimido, resfriado e purificado. Em seguida, numa torre de destilação fracionada, os gases nitrogênio, argônio e oxigênio são separados. O oxigênio puro é armazenado em tanques e transportado em cilindros ou em caminhões especiais até o destino de uso.

O oxigênio que vai para os hospitais é o mesmo que abastece as indústrias, com quase 100% de pureza e sempre na forma gasosa. Ele pode ser distribuído de duas formas: armazenado em tanques criogênicos na forma líquida, passa por um trocador de calor se transformando em gás e depois é distribuído por meio de tubulação ou com o uso de cilindro em estado gasoso.

Vale ressaltar que os cilindros de uso hospitalar são tratados especialmente antes do envaze do oxigênio para manter a pureza e evitar contaminantes, sendo o processo auditado pela ANVISA.
Atualmente, também é comum o uso de equipamentos de separação já na forma gasosa, fornecendo o oxigênio somente para o hospital onde esta máquina está instalada.

Para termos uma ideia, em março, quando começou mais um pico da doença, o consumo deste insumo foi de 300%.

O oxigênio é de suma importância para a medicina, em todos os seus níveis, desde primeiros socorros, até as cirurgias mais complexas, utilizado nos mais diversos ambientes de saúde. Fortalecer essa cadeia produtiva é fundamental.

Da Redação,
Equipe Araia & Bolzan