- 30/09/2021
- escrito por: Araia & Bolzan
- Categoria: Blog
Muito se fala hoje sobre o ‘hidrogênio verde’ e como ele pode associar crescimento e preservação. Mas, o que é essa nova modalidade de fonte energética e quais os seus benefícios?
O hidrogênio é o elemento mais abundante da Terra. É encontrado em muitas coisas, incluindo combustíveis fósseis, água, plantas, animais e até mesmo em humanos, mas nunca aparece naturalmente na forma pura. Isso significa que, para obter hidrogênio puro, ele precisa ser separado de outras moléculas por meio de processos que também requerem energia.
O hidrogênio verde é produzido quando a energia renovável é usada para derivar o hidrogênio de uma fonte limpa. Isso geralmente envolve a eletrólise da água — o envio de uma corrente elétrica através da água para separar as moléculas.
E é por isso que essa modalidade de gás pode se converter em uma nova fronteira tecnológica para a indústria química nacional, um segmento que pode colocar o Brasil na linha de frente da transição para um novo modelo de negócio: a economia de baixo carbono. Tema que tem ocupado lugar de debate nos principais fóruns mundiais, das principais economias do globo.
A União Europeia, por exemplo, já sinalizou que “irá investir US$ 430 bilhões em hidrogênio verde até 2030. A intenção da UE é alcançar, na década seguinte, sua meta de ter impacto neutro no clima até 2050” (Jornal Valor Econômico, 29 de setembro de 2021).
Isso porque, se o hidrogênio verde gerado a partir da água e o processo de eletrólise para extrair as moléculas de hidrogênio for totalmente alimentado com energia de fontes renováveis como solar e eólica, o hidrogênio verde pode ser uma opção de emissão zero.
E por que o Brasil pode sair na frente?
Porque nosso país possui um cenário energético global que associa, complementarmente, as fontes renováveis necessárias para o processo de produção. Um contraste estratégico em relação ao resto do planeta.
Já estamos produzindo?
Aqui no Brasil ainda estamos dando os primeiros passos. Um dos principais polos de produção de hidrogênio verde se encontra no Ceará. Em abril, deste ano, a White Martins sinalizou parceria com o Porto de Pecém (CE) para oficializar seu interesse em participar dos investimentos em hidrogênio verde.
Ficaremos de olho nesta nova modalidade e como ela pode associar desenvolvimento com sustentabilidade.
Da Redação
Com informações da Valor Econômico