Estudo da OMS alerta: uma em cada 100 mortes ocorre por suicídio

Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) traz dados alarmantes sobre o índices de suicídio e alerta que ele continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo. A Organização mostra também que cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais, sendo que a depressão ocupa o primeiro lugar.

Estudo da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) mostram que são registrados cerca de 12 mil suicídios, todos os anos no Brasil, e mais de 1 milhão no mundo. E, segundo a ABP, humilhação, pressão no trabalho, desemprego, violência, incerteza quanto a alimentação e moradia estão entre os motivos que podem desencadear processos de adoecimento que levem ao suicídio.


Quem mais sofre?

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

Entre os adultos, mais homens morrem devido ao suicídio do que mulheres (12,6 por cada 100 mil homens em comparação com 5,4 por cada 100 mil mulheres).

Quanto ao recorte por região, as taxas de suicídio entre homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,5 por 100 mil). Para mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1 por 100 mil).

As taxas de suicídio nas regiões da OMS na África (11,2 por 100 mil), na Europa (10,5 por 100 mil) e no Sudeste Asiático (10,2 por 100 mil) eram maiores do que a média global (9 por 100 mil) em 2019. A mais baixa taxa de suicídio está na região do Mediterrâneo Oriental (6,4 por 100 mil).

Região mais afetada

Segundo a OMS, nos últimos 20 anos (2000/2019) a taxa global de suicídio caiu 36%. No entanto, na Região das Américas, as taxas aumentaram 17% no mesmo período.

Dos 183 países integrantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 38 pesquisados pelo organismo, entre eles o Brasil, contam com uma estratégia nacional de prevenção ao suicídio. Embora represente um aumento de quase 35% em comparação aos 28 países que, já em 2014, tinham estabelecido políticas públicas para lidar com o tema, o resultado ainda é considerado insuficiente pela OMS.

A OMS indica que a falta de informações e de políticas públicas dificultam o enfrentamento e o cumprimento da meta dos ODS de uma redução de um terço na taxa global de suicídio até 2030.

Identificação e acompanhamento

A OMS cita como exemplo do enfrentamento ao suicídio experiências – governamentais e não-governamentais – em países como Austrália, Gana, Guiana, Índia, Iraque, República da Coreia, Suécia e EUA.

Para o enfrentamento, a Organização orienta como ações importantes a identificação, avaliação, gestão e acompanhamento precoces aplicam-se a pessoas que já tentaram suicídio ou são consideradas em risco.

Da Redação
Com informações do Relatório “Suicide worldwide in 2019” da Organização Mundial de Saúde (OMS) e com informações Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).